Cirurgia para malformação uterina

Quando a anatomia interfere na fertilidade ou na saúde ginecológica

As malformações uterinas são alterações no desenvolvimento do útero que acontecem ainda na fase embrionária, geralmente por falhas na fusão ou reabsorção dos ductos de Müller, estruturas responsáveis pela formação do útero, tubas e parte da vagina. Muitas vezes passam despercebidas, mas em algumas mulheres podem causar cólicas intensas, abortos de repetição, infertilidade ou dificuldades menstruais.

A boa notícia é que, na maioria dos casos sintomáticos ou com repercussão reprodutiva, existe tratamento cirúrgico eficaz e minimamente invasivo, com foco na reconstrução anatômica e preservação da fertilidade.

Quais são as malformações uterinas mais comuns?

As principais anomalias congênitas do útero incluem:

  • Útero septado: presença de uma parede (septo) que divide total ou parcialmente a cavidade uterina.
  • Útero bicorno: o útero é dividido em duas partes, com um fundo uterino escavado, mas com cavidades comunicantes.
  • Útero unicorno: formação de apenas um lado do útero, com ou sem presença de uma cavidade acessória.
  • Útero didelfo: formação de dois úteros e, às vezes, duas vaginas separadas.
  • Síndrome de Rokitansky: ausência congênita de útero e parte da vagina, mais rara e complexa.

Nem todas exigem cirurgia, o tratamento é sempre individualizado e baseado nos sintomas e desejos reprodutivos da paciente.

Quando a cirurgia é indicada?

A correção cirúrgica está indicada principalmente em casos de:

  • Abortos de repetição ou dificuldade para engravidar
  • Menstruações obstruídas e cólicas severas (como em útero unicorno com cavidade acessória não comunicante)
  • Sintomas vaginais, dor pélvica ou infecções recorrentes
  • Desejo reprodutivo comprometido por alteração da anatomia uterina

Como é feita a correção cirúrgica?

A via e a técnica cirúrgica variam de acordo com o tipo de malformação:

  • Histeroscopia cirúrgica (minimamente invasiva, via vaginal): é o tratamento de escolha para útero septado, permitindo a remoção do septo sem cortes no abdome e com excelente prognóstico reprodutivo.
  • Videolaparoscopia ou cirurgia robótica: utilizadas para correção de cavidades acessórias obstruídas, reconstrução anatômica ou avaliação de malformações complexas, sempre com o objetivo de aliviar os sintomas e preservar a fertilidade.
  • Cirurgias reconstrutivas vaginais: em casos como a síndrome de Rokitansky, podem ser necessárias abordagens mais complexas e personalizadas.

O que esperar após a cirurgia?

Com técnicas modernas e minimamente invasivas, a recuperação costuma ser rápida e com poucos sintomas. Em casos de cirurgia reprodutiva, é comum aguardar alguns meses antes de tentar a gestação, respeitando o tempo de cicatrização do útero. O acompanhamento ginecológico é fundamental para avaliar os resultados e orientar os próximos passos.

Cada mulher tem uma história, e cada útero, sua anatomia.
Se você foi diagnosticada com uma malformação uterina ou enfrenta dificuldades para engravidar, agende uma consulta. Com acolhimento, escuta atenta e experiência cirúrgica, podemos encontrar a melhor abordagem para o seu cuidado, respeitando seus desejos e seu tempo.

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